http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/07/31/politica1_0.asp
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Presença mínima, gastos integrais
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/07/31/politica1_0.asp
Sob pressão, as pessoas funcionam melhor ou pior? Veja opinião de especialista
Existem pessoas que trabalham melhor sob pressão. Mas é uma minoria. Quem garante é Flavia Garbo, gerente de Desenvolvimento Organizacional da Luandre - Soluções em Recursos Humanos.
"Acredito que é preciso separar a pressão das ações de incentivo. Por exemplo, ações como a do "funcionário do mês" são motivacionais e em nada se comparam com o terrorismo exercido por alguns gestores, que ficam infernizando a vida do funcionário e cobrando metas inatingíveis", explica.
"Alguma pressão é necessária, uma vez que o ser humano tem a tendência de se acomodar. Existe aí uma zona de conforto, na qual as pessoas acabam se apoiando", acrescenta.
Pressão boa ou ruim?
Segundo a especialista, um dos pontos que determinam o comportamento opressor do líder é a meta. "Para motivar, a meta deve ser atingível e desafiadora. Quando é inatingível, ocorre uma pressão que é desnecessária".
A maneira de se comunicar também indica se o gestor já passou dos limites. Gritar, ameaçar de demissão e humilhar já indicam assédio moral.
Consequências da pressão
Essa pressão desnecessária, na maioria das pessoas, causa estresse e esgotamento. "O efeito é o oposto do esperado. Se a pressão é por prazo, a empresa perde em qualidade. Se é por qualidade, pode perder em prazo", afirma.
Quando um profissional passa muito tempo sob pressão, sua produtividade cai vertiginosamente, de acordo com Flavia. "Justamente para combater o estresse, muitas empresas contam com programas de qualidade de vida para seus funcionários".
Ela lembra que alguns profissionais estressados chegam a desenvolver problemas de saúde, como gastrite, dor de cabeça e insônia. "Como resultado, o nível de absenteísmo [ausência no trabalho] aumenta".
A gerente de Desenvolvimento Organizacional alerta ainda que o profissional pode vir a sofrer a chamada Síndrome do Burnout, termo que, em inglês, significa "acabar-se em chamas". Trata-se de um desgaste provocado pelo trabalho, que causa profundo sentimento de exaustão, frustração e raiva.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Na próxima quinta-feira (30/7), o PSOL terá seus 10 minutos no rádio e na TV. O programa, em cadeia nacional, será apresentado entre 20h15m e 20h30m. A presidente Heloísa Helena, nossos parlamentares - Chico , Ivan Valente, Luciana Genro e Jose Nery - e outros dirigentes do partido darão o recado. Não perca!
Sem-terra ocupam mais uma fazenda do grupo de Daniel Dantas
Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo
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O mesmo grupo havia ocupado a propriedade no último dia 15, em protesto para a aceleração de assentamentos de terra na região sul e sudeste Pará, mas se retirou do local dois dias depois.
Em Xinguara, município vizinho à Marabá, as fazendas Espírito Santo, Fortaleza, Castanhal/Seita Corê e Baixa da Égua, também de propriedade do Opportunity, sofreram ocupações nas últimas semanas por grupos ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar) e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
De acordo com a Fetraf do Pará, as ocupações são pacíficas e nelas é proibido o uso de armas por parte dos sem-terra. A entidade afirma que em nenhum momento os funcionários das fazendas foram ameaçados, diferente do que diz a Santa Bárbara.
Em nota, a agropecuária diz que irá tomar as "medidas judiciais cabíveis" e entrará em contato com a Delegacia Especial de Crimes Agrários de Marabá. A empresa também enviará um ofício ao secretário de Segurança Pública do Pará.
Fazendas de Dantas na Justiça
No ano passado, o governo do Pará entrou na Justiça com ações para reaver propriedades do grupo de Daniel Dantas - entre elas a fazenda Espírito Santo - argumentando que as terras foram adquiridas irregularmente. Famílias ligadas ao MST permanecem acampadas desde fevereiro na fazenda Espírito Santo, aguardando a decisão da Justiça.
A agropecuária acusa o movimento de ameaçar invadir a sede da fazenda, versão negada pela coordenadora do MST na região, Maria Raimunda. "Não existe essa possibilidade. Estamos acampados na periferia da fazenda, aguardando a decisão da Justiça", diz.
Na quarta-feira passada, a Justiça Federal determinou o sequestro de 25 fazendas e 450 mil cabeças de gado da agropecuária. A Polícia Federal suspeita que a agropecuária pode ter sido usada para lavar dinheiro obtido irregularmente em outras operações de empresas e fundos do grupo Opportunity. A PF estima que o banco aplicou aproximadamente R$ 700 milhões em atividades agropecuárias nos últimos anos.
- do UOL Notícias
quarta-feira, 29 de julho de 2009
PSOL protocola nova representação contra Sarney; senador enfrenta nove acusações
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PSOL protocolou nesta quarta-feira nova representação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por quebra de decoro parlamentar. O partido defende que o Conselho de Ética da Casa investigue denúncia de que Sarney omitiu da Justiça Eleitoral uma propriedade de R$ 4 milhões, além da acusação de que o parlamentar teria participado do desvio de R$ 500 mil da Fundação José Sarney.
Ministério Público reprova contas da Fundação José Sarney
Sarney é acusado de empregar funcionária fantasma no Senado
Ação contra Sarney faz PMDB declarar guerra aos tucanos
José Sarney vendeu terras sem pagar imposto
PSDB entra com três representações contra Sarney
O Ministério Público Federal no Maranhão decidiu investigar a fundação, da qual Sarney é presidente vitalício, após a denúncia de que ao menos R$ 500 mil dos recursos repassados pela Petrobras para patrocinar um projeto cultural da fundação teriam sido desviados para empresas fantasmas e empresas da família do presidente do Senado.
Reportagem publicada pela Folha informa que a Fundação José Sarney, em São Luís (MA), tem como principal atração para o público, em vez de livros e o museu, uma festa julina idealizada pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). A fundação recebeu R$ 1,34 milhão da Petrobras entre o fim de 2005 e setembro passado para preservação de seu acervo.
O partido também cobra investigações sobre um imóvel de Sarney, estimado em R$ 4 milhões, que não teria sido declarado à Justiça Eleitoral. No texto, o PSOL afirma que a "prática de Sarney de omitir patrimônio pode ser um costume reiterado".
A presidente do PSOL, vereadora Heloísa Helena (AL), disse que o partido cumpre sua obrigação em pedir uma nova investigação sobre Sarney diante das denúncias que atingem o parlamentar. "Existem fatos que mostram tráfico de influência e exploração de prestígio. São acontecimentos que possibilitam a cassação do mandato. São fatos gravíssimos que nos obrigam a solicitar a abertura de processo", afirmou.
Representações
Com a nova representação do PSOL, Sarney terá que enfrentar nove acusações por quebra de decoro parlamentar no colegiado. Ontem, ele foi denunciado em três representações do PSDB, além de já responder a outras quatro denúncias apresentadas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
O PSOL já havia ingressado anteriormente com outra representação contra Sarney por ter sido beneficiado por atos secretos editados no Senado, com a nomeação de parentes e afilhados políticos para a instituição.
As ações tratam do suposto envolvimento do senador com os atos secretos, da suspeita de que teria interferido a favor de um neto que intermediava operações de crédito consignado para servidores do Senado e de ter usado o cargo para interferir a favor da fundação que leva seu nome e mentido sobre a responsabilidade administrativa da fundação.
Ao propor novas representações, a oposição quer aumentar o desgaste de Sarney e enfraquecer a tropa de choque do peemedebista, que trabalha para evitar que os processos cheguem ao plenário e peçam a cassação do mandato dele.
"Eu não creio que os fatos serão sepultados com uma decisão monocrática do presidente do Conselho de Ética. Se houver a tentativa de fazer o arquivamento liminarmente ou não fazer as investigações, significará que o conselho concorda com todos os crimes que vêm sendo enunciados à nação nos últimos meses", disse o senador José Nery (PSOL-PA).
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Lesão no olho esquerdo pode acabar com a carreira de Felipe Massa
Do Diário OnLine
Com AFP
Os médicos do Hospital Militar de Budapeste, na Hungria, onde Felipe Massa, 28 anos, está internado, afirmaram que ele sofreu uma lesão no olho esquerdo — dano que pode acabar com a carreira do brasileiro na Fórmula 1. O piloto está internado desde sábado, quando foi atingido por uma mola que se desprendeu do carro de Rubens Barrichello durante o treino classificatório para o GP da Hungria de F-1.
"É certo que houve uma lesão, mas não sabemos a gravidade da mesma", afirmou o neurocirurgião Robert Veres, médico-chefe da equipe. Ele explicou que os progressos no estado de saúde de Massa não permitem ainda saber se o piloto poderá retornar às pistas. "Não podemos dizer se vai voltar a correr ou não. É muito cedo", enfatizou o neurocirurgião, que descartou o retorno do piloto nesta temporada.
Operação - No sábado, Massa foi submetido a uma ecotomografia para saber a gravidade do ferimento e obter informações sobre sua reabsorção. "O resultado é tranquilizante", destacou o médico Peter Bazso, no domingo.
O Bazso disse que Massa está sedado, mas foi despertado algumas vezes para ver sua família. Segundo ele, aos poucos os sedativos devem ser retirados. O médico informou que não foi constatada qualquer nova lesão neurológica.
O brasileiro também se comunicou com Dino Altman, médico-chefe do GP Brasil, por meio de sinais. Quando questionado se sentia dores, o brasileiro respondeu negativamente com a cabeça. Ele também passou por exame de força nas mãos, ao qual reagiu bem.
Hoje, o piloto recebeu a visita do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, que se declarou confiante na recuperação do piloto. Há a expectativa de que Massa seja transferido ainda nesta semana para a clínica Pitié-Salpêtrière, em Paris, França. O médico Gerard Saillant, dono do local, já cuidou do alemão Michael Schumacher e do atacante Ronaldo.
O Hospital Militar de Budapeste marcou uma entrevista coletiva na noite desta segunda-feira para atualizar o estado de saúde do piloto.
1ª Fase da Série "C" - Grupo "B"
1º Icasa-CE 14 pontos
2º ASA-AL 13 pontos
3º Salgueiro-PE 13 pntos
4º Confiança-SE 6 pontos
5º CRB-AL 3 pontos
Com exceção do CRB, que disputou 6 partidas, os demais times já disputaram 7 partidas, restando apenas uma para encerrar a 1ª fase.
Icasa, ASA e Salgueiro disputam 2 vagas para a fase seguinte enquanto CRB e Confiança lutam para permanecer na Série C.
O CRB que até o ano passado disputava a Série B, tem grandes chances de ser rebaixado para o "porão" do futebol brasileiro. Já o Confiança, outro ameaçado, fez uma grande campanha na Série C do ano passado, não subindo por pouco e agora luta para não cair.
http://claudiocruzlima.blogspot.com/2009/07/1-fase-da-serie-c-na-reta-final.html
IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO DE PERNAMBUCO
O IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO DE PERNAMBUCO é um evento que já tem tradição e está consolidado no cenário brasileiro como um espaço aberto às discussões relativas à cobrança de tributos no Brasil, inclusive, em comparação a outros países.
Nesse evento se juntam representantes das Fazendas Públicas, membros do judiciário, inclusive das mais altas cortes, e do legislativo, profissionais liberais, estudantes, empresários, juristas e acadêmicos, operadores do direito sejam sob os aspectos jurídicos e fiscais sejam sob o enfoque contábil. Todos voltados para um mesmo objetivo: procurar dar suas contribuições tanto com vista à aplicação prática no dia-a-dia como no sentido de aperfeiçoar o nosso complexo sistema tributário e buscar o equilíbrio na relação Fisco-contribuinte.
Tal discussão é de extrema relevância, especialmente nesse momento em que há uma mudança de paradigmas nos modelos econômicos tradicionais, da qual resulta a incerteza sobre os caminhos a serem buscados e as corretas alternativas a serem adotadas. A partir dessa constatação, as formas de cobrança de tributos são colocadas sob foco central uma vez que a necessidade de arrecadação é confrontada com a necessidade de se reduzir ao máximo o impacto da crise mundial sobre as empresas e pessoas.
O congresso é realizado com palestras magnas de ilustres conferencistas destinadas a todos os participantes. O evento tem a característica de, também, realizar palestras e debates simultâneos em três salas nas quais serão apresentados e discutidos temas específicos, bem assim, possibilitar que os participantes possam formular perguntas antecipadas que serão respondidas pelos palestrantes.
No encerramento do evento é realizado um talk show, sob a coordenação do jornalista Renato Machado da TV Globo, aonde estarão presentes ministros de governo e do STJ, juristas e representantes da Fazenda Nacional com vista ao embate e apresentação ao vivo de idéias e opiniões.
Todos os anos, o congresso, ainda, procura prestar uma justa homenagem a grandes nomes que se destacam no mundo jurídico nacional e internacional, como um reconhecimento do trabalho e das idéias com que tais pessoas têm contribuído para a sociedade. Neste ano, serão homenageados:
Presidente do Congresso: Min. GILMAR FERREIRA MENDES - Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Homenagem internacional - Prof. Dr. JOACHIM LANG - Universidade de Colônia - Alemanha.
Homenagem nacional - Prof. Dr. ROQUE ANTONIO CARRAZZA - Professor Titular da PUC/SP. Presidente da Academia Paulista de Letras Juríicas.
Galeria de Honra:
Prof. Dr. Paulo de Barros Carvalho - Professor Titular de Direito Tributário da PUC/SP e da Faculdade de Direito da USP. Presidente do IBET.
Prof. Dr. José Souto Maior Borges - Professor Emérito da PUC/SP. Professor Titular (aposentado) e ex-Diretor da Faculdade do Recife - UFPE.
Coordenação e direção do evento:
Direção Geral: Profa. Dra. Mary Elbe Queiroz - Presidente do CEAT e do IPET.
Direção Executiva: Dra. Fernanda Vilela - Secretária da Fazenda do Estado de Alagoas.
Coordenador Científico: Prof. Dr. Heleno Taveira Torres. Professor e Livre-Docente de Direito Tributário da FD-USP e membro do Comitê Executivo da International Fiscal Association - IFA.
DATA: 10 A 12 DE SETEMBRO/2009 - Porto de Galinhas - Recife(PE)
Deputados querem mudar decisão do STF sobre diploma de jornalista
No mesmo dia, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que é jornalista mas formou-se em Direito, apresentou o Projeto de Lei 5592/09, que regulamenta a profissão com a exigência do diploma para as áreas técnicas de apuração, redação, edição e comentário de notícias.
A intenção do deputado foi separar essas áreas da impressão de artigos opinativos, que deve ser livre em sua opinião, e motivou o Supremo nessa decisão. Até 1969, o diploma não era exigido, e Miro pertence a essa geração de jornalistas, embora entenda que o diploma foi uma conquista importante.
Frente parlamentar
Ao mesmo tempo a deputada Rebecca Garcia (PP-AM) está organizando uma frente parlamentar em defesa do diploma. Essa frente deve reunir especialistas para evitar que as propostas sejam consideradas inconstitucionais após sua aprovação.
A deputada dirigiu, em Manaus (AM), a TV Rio Negro e o jornal O Estado do Amazonas, e acredita que a formação universitária é indispensável aos profissionais da área. "Em minha experiência, nunca vi categoria que discuta tanto as questões éticas da profissão, e isso vem da vivência acadêmica", disse a deputada, que é economista.
A frente já tem o apoio de 148 parlamentares, mas Rebecca lembra que não houve tempo para percorrer o Senado colhendo assinaturas. "E o presidente Michel Temer também demonstrou apoio à nossa causa e disse que a PEC deve tramitar em regime de urgência", acrescentou.
Apoio de 73%
Embora a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) tenha uma pesquisa que mostra o apoio de 73% dos entrevistados ao diploma, as reações foram bastante diversas: grandes empresas de comunicação, como a Rede Globo e os grupos Abril e Folha, acharam bem-vinda a mudança.
Já a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que é favorável ao diploma, mas entende que sua exigência como requisito para a profissão é questionável.
Por sua vez, estudantes de jornalismo e sindicatos da categoria em todo o País realizaram protestos e apoiam a PEC de Paulo Pimenta. "Existe essa lógica do mercado, que quer a desregulamentação geral, a partir da lógica do lucro, mas a sociedade vai reagir contra as empresas que veem a informação apenas como mercadoria", avisou o deputado.
Para ele, a decisão do Supremo extrapolou o que foi pensado pelos constituintes, que criaram uma barreira contra a censura a que estavam submetidos os jornais, e não viam a exigência do diploma para exercício profissional como cerceamento da liberdade de expressão.
Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Newton Araújo
Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br
O FOLCLORE
Foto:LFRaboene
No dia 22 de agosto de 1846, em Londres, foi criada pelo arqueólogo inglês, William John Thoms que a propôs à revista 'The Atheneum', para designar os registros dos cantos, das narrativas, dos costumes e usos dos tempos antigos. Thoms escolheu duas velhas raízes saxônicas: 'Folk', que significa povo, e 'Lore', saber formando assim 'Folk-lore', sabedoria do povo.
Com o decorrer do tempo, as duas palavras foram grafadas sem o hífen, formando uma só: Folklore, como foi usada no Brasil, até que a reforma ortográfica suprimiu a letra 'K', substituída, no caso, pela letra 'C', derivando a forma Folclore.
Fonte:
Que é Folclore? 3ª edição, Maria de Lourdes Borges Ribeiro - MEC
Anuário do Folclore - 1993
Revisão 2002 - LFRabatone
Portal Folclore Brasileiro - iFolclore
É o conjunto de mitos, crenças, histórias populares, lendas, tradições e costumes que são transmitidos de geração em geração, que faz parte da cultura popular.
A palavra folclore vem do inglês “folk” = povo e “lore” = conhecimento e significa sabedoria popular.
O folclore é a expressão cultural mais legítima de um povo.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
*é popular.
*emana do saber cultural.
*constitui-se em uma tradição.
*é transmissível notadamente pela oralidade e pela prática.
*faz parte do conhecimento coletivo.
*espelha uma situação ou ação.
*tem caráter universal.
*é anônimo, pois desconhecem-se seus criadores.
*é criatividade livre e espontânea de um povo.
PATRIMÔNIO CULTURAL
O folclore como expressão do povo faz parte de sua riqueza cultural e portanto está inserido no patrimônio cultural.
PROTEÇÃO JURÍDICA
Constituição Federal:
*art. 215: "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais";
*art. 216 : "Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
I- as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV- as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V- os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico".
Portanto, as crenças, lendas, tradições, costumes e tradições, são bens imateriais, que compõem o patrimônio cultural, estão protegidos juridicamente pelo texto constitucional citado. Tratam-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo e que podem ser protegidos pela ação civil pública (Lei 4.3 /85).
Exemplo: quando manifestações ou representações do folclore são proibidas por autoridade, lei ou ato administrativo, podem ser defendidas juridicamente.
PERTENCEM AO FOLCLORE
A mitologia, as crendices, as lendas, os folguedos, as danças regionais, as canções populares, as histórias populares, os costumes populares, religiosidade popular ou cultos populares, a linguagem típica de uma região, medicina popular, o artesanato etc.
Fonte:
Anuário do Folclore
Fotos e Pesquisa - LFRabatone
Portal Folclore Brasileiro - iFolclore
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Sarney, um político Pai D'égua ?
Quando ele passa é sempre reverenciado, se for caminhando, não demora aparece uma carona, se for ao banco não pega fila e ninguém reclama, tudo isso e muito mais, pela maneira de sempre se dispor aos que a ele recorrem.
Uma das grandes marcas que chega a levar um homem ao poder político interiorano, é ele ser reconhecido, principalmente pelos humildes, como sendo um Homem Pai D'égua.
Pois bem, os noticiários estão todo dia falando da postura do Senador Sarney, não só como presidente da Casa, mais também pela maneira de amparar os familiares (dele) com cargos e outras providências, que deixa qualquer brasileiro indignado, principalmente aqueles que aprenderam e cultivavam o valor que tinha um "fio de bigode".
Vejamos o que diz o Congresso em Foco de hoje:
"Diálogo entre Sarney e seu filho
Fernando Sarney - Pedi pro Agaciel segurar com ele. Agaciel está com os currículos (de um neto de Sarney e do namorado da neta, para vaga no Senado).
José Sarney - Tá bom. Então vou falar com ele.
Fernando Sarney - É só isso aí. É isso que eu queria. Que tu desse uma palavrinha com ele (Agaciel). Ele já tá sabendo, tá? Eu já... Se tu der resolve."
Quantos são aqueles que estavam na fila na esperança de uma vaga?
"Em conversa com o filho, alvo da investigação, Sarney caiu na interceptação. Segundo a gravação, o senador se compromete a falar com Agaciel para sacramentar a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto.
Segundo a PF, a mobilização da família começa na tarde de 30 de março de 2008, quando a neta do senador liga para o pai, indagando se não dava "pro Henrique (seu namorado) entrar na vaga". Bernardo Brandão Cavalcanti Gomes, irmão de Bia por parte de mãe, acabara de pedir demissão do Senado, onde estava desde 2003. "Podemos trabalhar isso, sim", respondeu Fernando à filha.
Já na primeira conversa, Fernando demonstra conhecer o caminho para efetivar a nomeação. "Amanhã de manhã cedo tu tem que me ligar, pra eu falar com Agaciel", diz. Referia-se a Agaciel Maia, o então todo-poderoso diretor-geral do Senado, alçado ao posto em 1995 pelas mãos de José Sarney, em sua primeira passagem pela presidência da Casa."
E o que acabamos de ler, é "café pequeno"!!! Vamos lá...
"Fernando agradece ao pai por TVNo telefonema ao filho Fernando, para tratar da nomeação do namorado da neta no Senado, o senador José Sarney (PMDB-AP) aproveita para dar uma boa notícia ao primogênito, encarregado de tocar os negócios da família. O senador diz a Fernando que tinha acabado de ser assinada, no Ministério das Comunicações, a outorga de mais uma repetidora da TV Mirante, a rede de televisão dos Sarney no Maranhão.
"Ontem foi assinado o negócio da TV de Estreito, a repetidora", diz Sarney. Fernando primeiro comemora. "Beleza, ótimo! Isso é uma boa notícia", diz o empresário. E, logo depois, agradece. "Ótima notícia, tá, paizão, obrigado."
Enquanto a Justiça não julga, não podemos condená-lo, o mínimo que poderemos fazer é esperar as próximas eleições e dar um basta nesses políticos que ferem a moral, a decência e a vontade acertar do nosso povo e que se acham eternos.
E não esqueça, SEJA UM FISCAL DE SARNEY e de seus apadrinhados.
Um partido que aspira ser inteiro
Chico Alencar*
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol), nascido há cinco anos, ousa afirmar-se como “um novo partido contra a velha política”. Numa conjuntura extremamente adversa, originário da decepção com o “transformismo” e com o fiasco moral da experiência petista – que passou, no governo federal, a aderir às linhas de política econômica e de alianças que sempre condenara –, o Psol busca resgatar antigas e saudáveis tradições da esquerda: disputar espaço na institucionalidade sem desvincular-se dos movimentos sociais, seu principal nutriente; não acomodar-se à ordem vigente e às seduções das mordomias do poder; operar em torno de ideias e causas, e não de acertos palacianos e cargos; cobrar permanentemente moralidade pública, baseada na austeridade e na transparência, sem fazer, entretanto, “cruzadismo moral” ou posar como “vestal”; estimular permanentemente a organização consciente e autônoma da população; manter o horizonte utópico de uma sociedade igualitária e substantivamente democrática, a sociedade socialista.
É nessa perspectiva que o Psol realiza agora o seu II Congresso Nacional. A partir de nove alentadas teses (ver síntese **), que analisam desde a crise global até as realidades locais e as lutas específicas de gênero e comportamento, além de traçar cenários para 2010, os militantes são chamados ao debate. Estes envolveram, até agora, nada menos que 11.200 filiados, em mais de 500 reuniões por todo o Brasil. Dos congressos estaduais em curso sairão os delegados ao congresso nacional, marcado para o final de agosto, em São Paulo.
Em linhas gerais e resumidas, o Psol considera que a crise do capitalismo, embora muito profunda, não é “naturalmente” terminal. O sistema tem muitos modos e meios de sobrevivência. Mas sua essência é predatória: a crise não é só financeira e social, com o desemprego que provoca, mas também ambiental, ecológica. Um novo padrão de desenvolvimento precisará ser radicalmente sustentável e distributivista. Para o Psol, o governo Lula, apesar da inegável popularidade do presidente, desconstituiu a vida partidária mais plena e deu continuidade, na macroeconomia, à linha de FHC, com o superávit primário sendo o eixo de suas políticas. É um governo que assegura a manutenção de lucros extraordinários para os banqueiros e a adesão acrítica dos mais pobres, com políticas compensatórias e assistencialistas. A corrupção, embora inerente ao sistema do lucro e do afã consumista-individualista, precisa ser combatida pontualmente, em cada situação que se revele. É paradoxal que Lula e o PT estejam empenhados hoje na sustentação do tradicional esquema do patrimonialismo, do fisiologismo, do clientelismo. Tudo em nome de uma “governabilidade” que dispensou e dispersou, tragicamente, as forças sociais de mudança presentes na primeira vitória de Lula, em 2002.
O Psol, na auto-análise que o II Congresso propicia, reconhece também sua própria debilidade, com seu ainda incipiente enraizamento social e sua fraca presença nos movimentos populares e sindicais, muitos deles cooptados pelo oficialismo. Mas insiste em construir-se pela base e em manter, através de seus parlamentares, uma permanente interlocução com a sociedade. Também considera que carece de direções mais ativas, orgânicas, e de núcleos locais vivos, que resgatem a boa política da sua contrafação grosseira, que é a politicagem demagógica, o eleitoralismo – geradores do imenso desencanto da população.
Uma certeza será ratificada no II Congresso do Psol: o de que há, na sociedade brasileira, especialmente entre o povo trabalhador – aí incluída a classe média e a juventude –, espaço para um partido autenticamente de esquerda, de massas e de militância, popular e democrático.
* Chico Alencar é deputado federal (Psol-RJ) e professor de História (UFRJ).
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Hildegardis-Barbalha(Ce) (22/07/2009 - 10h02)
Vamos sacudir esse país, bater a poeira e o mau cheiro que vem das entranhas dessa classe dominadora, que não sabe o que é suor e nem calos nas mãos. Vamos fazer tremular essa bandeira que nos resta com as cores da esperança, da dignidade e levá-la ao cume das verdades e dos verdadeiros. Vamos incomodar, vamos dizer o que continua "intalado" na garganta dos menos favorecidos e entoar essa canção que faz rima e coro com a "bolsa" dos humildes. Vamos sim!!! Pois não temos nada a temer e nem medo de decepções. Vamos sim!!! Lutar por nós e pelos desavidados, basta ter motivos e querer. Valeu Chico. Saudações Socialistas
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Dia do Amigo foi criado, acredite, por um argentino
http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3882851-EI1377,00.html
Mas, vamos abrir parênteses nessa história para saber porque estamos falando de amizade hoje, 20 de julho. Simplesmente porque é o Dia do Amigo. E se você é daqueles que olham de lado um hermano argentino, reveja seus conceitos já. Saiba que foi o argentino Enrique Ernesto Febbraro, dentista, músico e professor de sociologia, filosofia e história que resolveu comemorar a data neste dia. Motivo? Em homenagem ao dia em que o homem pisou a lua. E hoje faz exatamente 40 anos que Neil Armstrong desceu da Apollo 11 e deu "o pequeno passo para um homem e um grande passo para a humanidade".
E o argentino em questão não parece ser nada lunático. No país vizinho, a data é comemorada de verdade. Cartões, presentes e provas de amizade são levados a sério. E isso é, segundo os estudiosos, muito bom tanto para a saúde psicológica quanto para a física. "Alguns estudos mostram que quem tem amigos vai menos ao hospital e, quando vai, se recupera na metade do tempo. As pessoas sem amigos estão mais sujeitas à depressão, problemas com drogas", diz Ailton Amélio da Silva, psicólogo do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com Antonio Carlos Amador Pereira, psicólogo, psicoterapeuta e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC)/SP, a amizade é necessária para todos. "Tanto é que as crianças, quando não têm amigos, inventam os imaginários."
"AMIGO DA ONÇA"
“ | Dois caçadores conversam em seu acampamento: — O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente? — Ora, dava um tiro nela. — Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo? — Bom, então eu matava ela com meu facão. — E se você estivesse sem o facão? — Apanhava um pedaço de pau. — E se não tivesse nenhum pedaço de pau? — Subiria na árvore mais próxima! — E se não tivesse nenhuma árvore? — Sairia correndo. — E se você estivesse paralisado pelo medo? Então, o outro, já irritado, retruca: — Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça? | ” |
Péricles de Andrade Maranhão (Recife, 14 de agosto de 1924 — Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1961 ) foi um cartunista brasileiro de grande sucesso nos anos 40 e 50.
Criado em Pernambuco, em 1942 Péricles muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa sua carreira nos veículos dos Diários Associados, de Assis Chaeaubriand com "As aventuras de Oliveira Trapalhão, publicadas na Cigarra.
Em outubro de 1943 a revista O Cruzeiro começa a publicar as histórias do Amigo da Onça, que se transformaria em um dos personagens mais populares do país.
Dono de uma personalidade atormentada, o sucesso faz com que o cartunista passe a odiar sua criação, pois era sempre citado como "O criador do Amigo da Onça". Apesar disso, continuou ilustrando suas histórias semanalmente, por 17 anos ininterruptos.
Péricles suicidou-se na noite de 31 de dezembro de 1961 em seu apartamento no Rio de Janeiro, abrindo o gás, mas, antes, fixou na porta um cartaz onde se lia: "não risquem fósforos".
Sobre ele, escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade: "A solidão do caricaturista seria talvez reação contra a personagem, que o perseguia, que lhe era necessária e que lhe travara os meios de comunicar-se e comungar com outros seres".
Conheça o Fiat/Tata Nano, o carro mais barato do mundo: R$ 4 mil
http://www.vooz.com.br/noticias/
O Tata Nano, o carro supercompacto que promete revolucionar os transportes na India finalmente começou a ser entregue aos primeiros compradores neste fim de semana.
Depois de ter passado por uma série de problemas a fábrica da Tata Motors em Pantnagar, na India está finalmente funcionando. A capacidade de produção anunciada é de 50.000 Nanos por ano. Considerando que já foram feitos mais de 200.000 pedidos no veículo, só na India, parece que trabalho não vai faltar por lá. Um sorteio foi feito para entregar os primeiros 100.000 automóveis, e os primeiros foram entregues pelo dono da empresa, Ratan Tata.
Fazendo jus ao nome, o Nano tem apenas 3,1 metros de comprimeto por 1,50 de largura e 1,60 de altura. É movido por um motor 0.6 de apenas 33 cavalos e 2 cilindros. A velocidade máxima é de 105 Km/h. Em compensação, consome um litro de gasolina a cada 22 Km rodados no misto cidade/estrada. E custa 100.000 rúpias no modelo mais básico, o equivalente à pouco mais de 4.000 reais. O modelo mais luxuoso, com porta copos, ar condicionado e travas elétricas sai por pouco mais de R$ 7.400,000.
Uma parceria da Fiat com a Tata motors pode trazer o modelo para ruas, estradas e congestionamentos brazucas no ano que vem, mas ainda não há confirmação oficial de data, ou de quanto o modelo irá custar por aqui.
Classificação no Brasileiro da Séria "C"
Primeira Fase
Grupo A | ||||||||||
CLUBE | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | Paysandu-PA | 11 | 7 | 3 | 2 | 2 | 11 | 12 | -1 | 52,4 |
2 | Águia-PA | 10 | 6 | 3 | 1 | 2 | 9 | 8 | 1 | 55,6 |
3 | Rio Branco-AC | 9 | 6 | 3 | 0 | 3 | 13 | 9 | 4 | 50,0 |
4 | Luverdense-MT | 8 | 7 | 2 | 2 | 3 | 6 | 9 | -3 | 38,1 |
5 | Sampaio Corrêa-MA | 7 | 6 | 2 | 1 | 3 | 8 | 9 | -1 | 38,9 |
Grupo B | ||||||||||
CLUBE | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | ASA-AL | 13 | 7 | 4 | 1 | 2 | 11 | 6 | 5 | 61,9 |
2 | Salgueiro-PE | 12 | 6 | 4 | 0 | 2 | 6 | 8 | -2 | 66,7 |
3 | Icasa-CE | 10 | 5 | 3 | 1 | 1 | 8 | 3 | 5 | 66,7 |
4 | Confiança-SE | 6 | 7 | 2 | 0 | 5 | 9 | 14 | -5 | 28,6 |
5 | CRB-AL | 3 | 5 | 1 | 0 | 4 | 4 | 7 | -3 | 20,0 |
Grupo C | ||||||||||
CLUBE | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | América-MG | 16 | 7 | 5 | 1 | 1 | 12 | 4 | 8 | 76,2 |
2 | Guaratinguetá-SP | 12 | 6 | 4 | 0 | 2 | 13 | 9 | 4 | 66,7 |
3 | Ituiutaba-MG | 8 | 6 | 2 | 2 | 2 | 10 | 5 | 5 | 44,4 |
4 | Gama-DF | 5 | 6 | 1 | 2 | 3 | 8 | 12 | -4 | 27,8 |
5 | Mixto-MT | 4 | 7 | 1 | 1 | 5 | 6 | 19 | -13 | 19,0 |
Grupo D | ||||||||||
CLUBE | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | Marília-SP | 12 | 6 | 3 | 3 | 0 | 11 | 6 | 5 | 66,7 |
2 | Brasil-RS | 10 | 6 | 3 | 1 | 2 | 7 | 6 | 1 | 55,6 |
3 | Caxias-RS | 10 | 6 | 3 | 1 | 2 | 5 | 5 | 0 | 55,6 |
4 | Criciúma-SC | 7 | 6 | 2 | 1 | 3 | 6 | 9 | -3 | 38,9 |
5 | Marcílio Dias-SC | 3 | 6 | 1 | 0 | 5 | 9 | 12 | -3 | 16,7 |
Classificação no Brasileiro da Séria "B"
http://www.futebolinterior.com.br/aClassificacao.php?iD=145 CLUBE | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | Guarani-SP | 27 | 12 | 8 | 3 | 1 | 17 | 9 | 8 | 75,0 |
2 | Atlético-GO | 23 | 12 | 7 | 2 | 3 | 26 | 17 | 9 | 63,9 |
3 | Vasco da Gama-RJ | 23 | 12 | 6 | 5 | 1 | 16 | 4 | 12 | 63,9 |
4 | Ponte Preta-SP | 21 | 12 | 6 | 3 | 3 | 20 | 11 | 9 | 58,3 |
5 | Portuguesa-SP | 21 | 12 | 6 | 3 | 3 | 15 | 13 | 2 | 58,3 |
6 | Figueirense-SC | 20 | 12 | 6 | 2 | 4 | 20 | 14 | 6 | 55,6 |
7 | Brasiliense-DF | 19 | 12 | 6 | 1 | 5 | 18 | 15 | 3 | 52,8 |
8 | Ceará-CE | 19 | 12 | 5 | 4 | 3 | 16 | 12 | 4 | 52,8 |
9 | América-RN | 18 | 12 | 6 | 0 | 6 | 15 | 17 | -2 | 50,0 |
10 | Ipatinga-MG | 18 | 12 | 5 | 3 | 4 | 20 | 16 | 4 | 50,0 |
11 | Bragantino-SP | 16 | 12 | 4 | 4 | 4 | 16 | 15 | 1 | 44,4 |
12 | Bahia-BA | 16 | 12 | 4 | 4 | 4 | 13 | 13 | 0 | 44,4 |
13 | Fortaleza-CE | 14 | 12 | 4 | 2 | 6 | 20 | 22 | -2 | 38,9 |
14 | Juventude-RS | 14 | 12 | 4 | 2 | 6 | 14 | 17 | -3 | 38,9 |
15 | Paraná-PR | 14 | 12 | 4 | 2 | 6 | 12 | 19 | -7 | 38,9 |
16 | Duque de Caxias-RJ | 14 | 12 | 3 | 5 | 4 | 14 | 16 | -2 | 38,9 |
17 | São Caetano-SP | 12 | 12 | 3 | 3 | 6 | 14 | 13 | 1 | 33,3 |
18 | Vila Nova-GO | 12 | 12 | 3 | 3 | 6 | 9 | 17 | -8 | 33,3 |
19 | ABC-RN | 7 | 12 | 2 | 1 | 9 | 5 | 25 | -20 | 19,4 |
20 | Campinense-PB | 6 | 12 | 2 | 0 | 10 | 12 | 27 | -15 | 16,7 |
Classificação no Brasileiro da Séria "A"
http://www.futebolinterior.com.br/aClassificacao.php?iD=146 | PG | JG | VI | EM | DE | GP | GC | SG | %A | |
1 | Atlético-MG | 25 | 12 | 7 | 4 | 1 | 25 | 12 | 13 | 69,4 |
2 | Palmeiras-SP | 25 | 12 | 7 | 4 | 1 | 22 | 12 | 10 | 69,4 |
3 | Internacional-RS | 23 | 12 | 7 | 2 | 3 | 19 | 13 | 6 | 63,9 |
4 | Vitória-BA | 21 | 12 | 6 | 3 | 3 | 21 | 13 | 8 | 58,3 |
5 | Barueri-SP | 21 | 12 | 5 | 6 | 1 | 28 | 17 | 11 | 58,3 |
6 | Corinthians-SP | 20 | 12 | 6 | 2 | 4 | 18 | 16 | 2 | 55,6 |
7 | Grêmio-RS | 18 | 12 | 5 | 3 | 4 | 20 | 13 | 7 | 50,0 |
8 | Goiás-GO | 17 | 12 | 4 | 5 | 3 | 22 | 17 | 5 | 47,2 |
9 | Santo André-SP | 17 | 12 | 4 | 5 | 3 | 16 | 16 | 0 | 47,2 |
10 | Flamengo-RJ | 16 | 12 | 4 | 4 | 4 | 17 | 20 | -3 | 44,4 |
11 | Coritiba-PR | 14 | 12 | 4 | 2 | 6 | 17 | 20 | -3 | 38,9 |
12 | São Paulo-SP | 14 | 12 | 3 | 5 | 4 | 13 | 14 | -1 | 38,9 |
13 | Santos-SP | 14 | 12 | 3 | 5 | 4 | 24 | 26 | -2 | 38,9 |
14 | Avaí-SC | 13 | 12 | 3 | 4 | 5 | 15 | 18 | -3 | 36,1 |
15 | Atlético-PR | 12 | 12 | 3 | 3 | 6 | 13 | 22 | -9 | 33,3 |
16 | Sport-PE | 11 | 12 | 3 | 2 | 7 | 18 | 21 | -3 | 30,6 |
17 | Botafogo-RJ | 11 | 11 | 2 | 5 | 4 | 14 | 18 | -4 | 33,3 |
18 | Cruzeiro-MG | 10 | 11 | 3 | 1 | 7 | 10 | 19 | -9 | 30,3 |
19 | Fluminense-RJ | 10 | 12 | 2 | 4 | 6 | 11 | 21 | -10 | 27,8 |
20 | Náutico-PE | 9 | 12 | 2 | 3 | 7 | 11 | 26 | -15 | 25,0 |
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Mensagem de Dom Helder Camara
Escrito por Frei Betto
De: HelderCamara@ceu.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
Para: amigos e amigas
Queridos: estivesse entre vocês, a 7 de fevereiro comemoraria 100 anos de idade. Quis o bom Deus, entretanto, antecipar-me a glória de desfrutar Sua visão beatífica. Aliás, o Céu nada tem daquela imagem idílica que se faz na Terra. Nada de anjos harpistas e nuvens cor-de-rosa, embora a música de Bach tenha muita audiência.
Entrar na intimidade das três Pessoas divinas é viver em estado permanente de paixão. Arrebatado por tanto amor, o coração experimenta uma felicidade indescritível.
A propósito, outro dia, Buda, de quem sou vizinho, me contou esta parábola que bem traduz o caminho da felicidade: numa feira da Índia, entre tantos restos de frutas e legumes, uma mulher fitava detidamente o chão. Viram que procurava algo. Um e outro perguntaram o quê. "Uma agulha". Não deram importância. Porém, quando ela acrescentou que se tratava de uma agulha de ouro, multiplicou o número dos que a auxiliavam na busca.
Súbito, um deles perguntou: "A senhora não tem idéia de que lado da feira a perdeu?" "Não foi aqui na feira", respondeu a mulher, "perdi-a em casa". Todos a olharam indignados. "Em casa?! E vem procurar aqui fora?" A mulher fitou-os e retrucou: "Sim, como vocês procuram a felicidade nas coisas exteriores, mesmo sabendo que ela se encontra na vida interior".
O Céu é terno, o que não impede que experimentemos indignações. Jesus não fez a fome e a sede de justiça figurar entre as bem-aventuranças? Quando olho daqui para a Igreja Católica confesso que sinto, não frustração, mas uma ponta de tristeza. O papa Bento XVI não transmite alegria e esperança. Faltam-lhe o profetismo de João XXIII e a empatia de João Paulo II.
Padres cantores atraem mais discípulos do que aqueles que se dedicam aos pobres, aos lavradores sem-terra, às crianças de rua, aos dependentes químicos. Nas showmissas os templos ficam superlotados, enquanto nos seminários o ensino de filosofia e teologia costuma ser superficial.
A vida de oração não é estimulada, muitos buscam o sacerdócio para obter prestígio social e, por vezes, o moralismo predomina sobre a tolerância, o triunfalismo supera o espírito ecumênico. Até quando homossexuais serão discriminados por quem se considera discípulo de Jesus?
Alegra-me, porém, saber que as Comunidades Eclesiais de Base estão vivas e se preparam para realizar o seu 12º encontro inter-eclesial, em Rondônia, no próximo julho. Dou graças a Deus ao constatar que o CEBI – Centro de Estudos Bíblicos – conta com mais de 100 mil núcleos espalhados pelo Brasil, integrados por gente simples interessada em ler a Bíblia pela ótica libertadora.
Preocupa-me, entretanto, a polêmica entre os irmãos Boff. Tanto Leonardo quanto Clodovis são teólogos de sólida formação. Não considero justa a acusação feita por Clodovis de que a Teologia da Libertação teria priorizado o pobre no lugar do Cristo. O próprio Evangelho nos mostra Cristo identificado com os pobres, como ocorre na metáfora da salvação em Mateus 25, 31-46.
Francisco de Assis, com quem sempre me entretenho em bons papos, lembra que sem referência ao pobre, sacramento vivo de Deus, Cristo corre o risco de virar um mero conceito devocional legitimador de um clericalismo que nada tem de evangélico ou profético.
Tenho dito a são Pedro que sonho com uma Igreja em que o celibato seja facultativo para os sacerdotes e as mulheres possam celebrar missa. Uma Igreja livre das amarras do capitalismo, e na qual os oprimidos se sintam em casa, alentados na busca de justiça e paz.
Quanto ao mundo, lamento que a fome, por cuja erradicação tanto lutei, ainda perdure, ameaçando a vida de 950 milhões de pessoas e causando a morte de cerca de 23 mil pessoas por dia, a maioria crianças.
Por que tantos gastos em formas de ceifar vidas, como armamentos, e investimentos que degradam o meio ambiente, como pesticidas, desmatamentos irresponsáveis e cultivo de transgênicos? Por que tão poucos recursos para tornar o alimento – dom de Deus – acessível à mesa de todos os humanos?
Ao comemorarem meu centenário, lembrem-se dos princípios e objetivos que nortearam a minha vida. Malgrado calúnias e perseguições, vivi 91 anos felizes, pois jamais esqueci do que disse meu pai quando comuniquei a ele minha opção pela vida sacerdotal: "Filho, egoísmo e sacerdócio não podem andar juntos".
"É um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco salto para a Humanidade". Neil Armonstrong, ao pisar a Lua no dia 20 de Julho de 1969.
Em 12 de abril de 1961, os soviéticos lavraram novo tento. Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a viajar em órbita em torno do planeta. A viagem durou pouco mais de uma hora. E Gagarin transformou-se em herói nacional.
No mesmo ano, 1961, o presidente John Kennedy, dos Estados Unidos, declarou que em dez anos um americano pousaria na Lua. "We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy but because they are hard", disse o presidente na ocasião.
Oito anos se passaram e a viagem à Lua iniciou-se numa quarta ensolarada no dia 16 de julho de 1969, às 9:32 da manhã, no complexo 39 da plataforma de lançamento A, no Kennedy Space Center, Flórida, EUA, com o lançamento da Apolo XI.
Quatro dias mais tarde, em 20 de Julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong, 38 anos, entrava para a história como o primeiro homem a pisar na Lua e avistar a Terra de lá. A bordo da nave Apolo XI, ele, Edwin Aldrin, conhecido como "Buzz" e Michael Collins cumpriram a missão de alunar após levantarem voo em 16 de Julho.
Como comandante da Apolo XI, Armstrong pilotou o módulo lunar com Aldrin, enquanto Collins permaneceu no outro módulo em órbita lunar. Por quase duras horas e meia, os dois colheram amostras do solo, fizeram experiências e tiraram fotografias.
O mundo inteiro permaneceu em alerta naquele dia. Nada menos que 850 jornalistas de 55 países registaram o acontecimento. E estima-se que cerca de 1,2 bilhão de pessoas testemunhavam via satélite a alunagem, considerada impossível tempos atrás. Muitos, inclusive, ainda duvidam de que tal facto tenha realmente acontecido, mesmo com tantas outras missões tripuladas que se lançaram no espaço, após Armstrong ter colocado seu pé esquerdo, coberto pela bota azul, no chão fino e poroso do solo lunar.
Os astronautas voltaram à Terra no dia 24 de Julho de 1969, chegando com 30 segundos de atraso, e foram recebidos como heróis. Desde então, os satélites têm revolucionado os sistemas de comunicação e há naves não tripuladas viajando para além dos limites do sistema solar.
Curiosidades
- O primeiro passo na Lua foi dado com um pé tamanho 41. Este era o número da bota azul do astronauta Neil Armstrong, então com 38 anos. O passo foi dado com o pé esquerdo;
- Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin, o segundo astronauta a pisar na Lua, fincaram ali uma bandeira metálica dos Estados Unidos e colocaram uma placa junto à perna do módulo lunar, assinada pelos astronautas e pelo presidente americano Richard Nixon: "Aqui os homens do planeta Terra puseram pela primeira vez os pés na Lua. Julho de 1969 d.C. Viemos em paz em nome de toda a humanidade";
- Ao descer em solo lunar, Eldwin Aldrin sentiu uma enorme vontade de fazer xixi. E fez: dentro do traje, reforçado com 21 camadas de tecido, havia uma bolsa para coleta do líquido;
- Durante as 2 horas e 10 minutos que permaneceram no mar da Tranqüilidade, a planície escolhida para a alunagem, os astronautas instalaram um sismógrafo, um reflector de raios laser, uma antena de comunicação, um painel aluminizado (para escudo de radiação solar) e uma câmara de TV. Recolheram 27 amostras de pedras e poeira.
http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=47872.0
terça-feira, 14 de julho de 2009
O Senado, a Casa, as mansões e o pai de família
Bajonas Teixeira de Brito Júnior*
“Eu errei. Foi um ato irrefletido de um pai superprotetor.”
(Tião Viana — Senador e pai de família)
Constatamos a todo momento a infantil e retardatária mentalidade das elites brasileiras. Um dos últimos sintomas, me parece, está no uso que se alastra em ritmo febril do termo "desconstrução". Saído da filosofia francesa, de J. Derrida, envelhecido há 20 anos, enterrado há uma década, o termo é novidade de degustação na boca dos políticos brasileiros. Esquerda e direita, sindicalistas e ruralistas, PT e DEM, oposição e governo. A maioria acredita que o termo provêm da construção civil, e alternadamente, fala em "construção" e "desconstrução".
A senadora Kátia Abreu (DEM), no ataque a Carlos Minc, escreve em documento da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que "a construção de um Brasil ecologicamente responsável está sendo buscada pelo consenso", mas que existe um funcionário público (o tal Minc, se não me engano) que se esmera em "desconstruir toda e qualquer ponte em direção ao diálogo".
A desconstrução ruralista está também na boca de um petista, ressentido por ter sido rifado na eleição para a Presidência do Senado, o senador Tião Viana. Diz com amargura o bom pai, de fala mole, que emprestou o celular do Senado para a filha viajar ao México, de onde ela voltou com uma conta de R$ 14.000.00:
"Lula nada fez para evitar a desconstrução e a perda de autoridade moral do Congresso. Os partidos estão mais fracos e deteriorados do que antes de sua posse."
Note-se que Derrida usava o termo "desconstrução" positivamente — era preciso desconstruir tudo —, enquanto que por um misto de falta de leitura e instrução elementar, os nossos políticos, de direita e esquerda, empregam o termo de modo negativo: a desconstrução é um mal. Eles temem que alguma coisa seja desconstruída, e acusam uns aos outros de desconstrução. É engraçado, porque na bandeira brasileira está escrito "Ordem e Progresso", que era na época do colapso da Monarquia o último grito da moda da filosofia francesa, o positivismo de Auguste Comte. Se a República Brasileira tivesse sido fundada hoje — e por que não, se fomos o último grande Império escravista do mundo? —, talvez a bandeira trouxesse a expressão "Desconstrução e Diferença". Mas já com sentido distorcido.
É isso que me faz chegar onde eu quero, que é o seguinte: ao mesmo tempo que se confunde ou inventa um conteúdo amalucado para o termo "desconstrução", que vira palavra de uso ostensivo e bonito, outra expressão que aspira à seriedade cai num uso frenético, que se esforça para criar cerimônia e pathos cívico, mas que afunda seu alicerce sempre mais no ridículo. Me refiro a palavra "Casa". Isso mesmo, Casa com C maiúsculo. Com C maiúsculo, porque não inventaram ainda um maior, mais corpulento e cerimonioso.
Mas ai que está o negócio. No Senado, esta Casa tão brasileira, o caldo está entornando. A Casa é grande, o C é enorme, a entonação é bem pomposa, mas o resultado é sempre um novo agravante. Primeiro se falava muito em melhorar ou limpar "a imagem da Casa". Isso me chamava a atenção porque não tem como não pensar o seguinte: por que insistem em limpar a imagem e não a casa? Eis o que ainda me pergunto.
Nestes dias, a Casa foi pro brejo, e não tem mais que cuidar de imagem coisa nenhuma. O assunto mudou: se trata de manter opai de família à frente da casa, ou mandá-lo pastar. Ninguém tem dúvida: ele já não é um "pai" com "p" maiúsculo. Sua paternidade decresceu à olhos vistos. Mas será isso tão importante? A diferença entre grande e pequeno, real e irreal, visível e invisível, no Brasil é muito estranha. Por exemplo, o senador Renan Calheiros, desde que saiu da presidência do Senado (ou senado?), entrou no limbo, mas dos póros invisíveis desse transmundo, como todo mundo podia ver, continuava a dar as cartas. Na semana passada inclusive foi chamado de Rei do Senado. De repente, sumiu de novo.
Mas voltando. A Casa, com maiúscula, foi pro brejo por causa de várias casas, casamentos, mordomos, e mordomias que vieram a público. Primeiro a de Agaciel, depois o apartamento funcional do filho de Zoghbi, depois a casa da ex-mulher do ex-motorista de Sarney, depois o mordomo da filha do mesmo, Roseana, e netos, sobrinhas, etc. etc., mais a casa comprada do banco Safra há dez anos por 400 mil que hoje, dez anos depois, vale dez vezes mais.... 4 milhões. Enfim, muitas casas em torno da Casa.
O primeiro pai, Sarney, reuniu os filhos para uma ritual familiar. Ele mesmo disse que "consultaria a família", ou algo assim. Isso não funcionou muito bem.
Aí veio o Pai que tem muitos filhos e que, em pronunciamento recente, disse que quando sai de Casa (essa casa é o Palácio do Planalto), os meninos arrumam confusão. O Pai, com P maiúsculo, voltou às pressas da Líbia, se não me engano, e ofereceu sua aprovação de 180% do eleitorado para proteção do outro pai, que havia se despaizificado, perdido seu conteúdo mágico simbólico, e, como um simples infante, um dente de leite, estava, cai não cai. Pois bem. Agora fica a expectativa: o Pai do Palácio vai cobrir o déficit de paternidade do pai da Mansão, de forma que este, ao demitir o mordomo do Senado (Agaciel), limpe todas as imagens de todas as casas envolvidas, assim como da penca de parentes, agregados, e amigos de amigos? O mordomo é sempre o culpado?
Lembro que um dos primeiros escândalos da República brasileira foi a mansão comprada por Rui Barbosa na rua São Clemente emBotafogo. Hoje é sede da Fundação Rui Barbosa. Foi uma das compras mais estranhas daquele século, e dos outros, porque foi comprada sem dinheiro. Acusou-se Rui de receber o palacete em troca de facilidades. Parece que a questão nunca foi investigada a fundo, não estou certo, e ficou o dito pelo não dito, salve São Benedito. Gilberto Freyre, procurou ser justo sobre esse assunto em Ordem e Progresso. Mas a revista Istoé parece mais próxima da verdade:
“Dois anos depois de deixar o ministério da Fazenda, Ruy comprou em 1893 um palacete de 30 cômodos na rua São Clemente, no Rio de Janeiro, ao preço de 130 contos de réis. A quantia era enorme, totalmente incompatível com os rendimentos de um senador sem outras fontes de renda. Nessa propriedade com proporções de parque, de nove mil metros quadrados, Ruy e a família viveram até a sua morte, em 1922. A compra da casa causou escândalo e levou Ruy a dar explicações ao Senado. Explicou em discurso famoso que o imóvel fôra comprado sem dinheiro – um amigo lhe emprestara 60 contos de réis, tendo como garantia a hipoteca de metade da casa, e um banco entrara com o resto, garantido pela metade restante da propriedade. Quando Ruy não pôde arcar com as prestações, outro amigo, o capitalista Antonio Martins Marinha, veio em seu socorro. Embora se diga que Ruy pagou os empréstimos, há nessa história amigos demais e cuidados éticos de menos. “O caso é intrincado”, diz o historiador José Murilo de Carvalho.”
Vale observar que Rui Barbosa foi um sujeito tão esperto que, até hoje, as pessoas encontram-se divididas quanto à forma degrafar o seu nome. O artigo da Isto é o chama de "Ruy", já a Fundação, traz o nome "Rui". Aqui também só uma gramatologia espectral poderia solucionar o dilema.
Mas, seja como for, vale lembrar, que é possível ler o Brasil através das suas casas. O próprio Gilberto Freyre fez isso: Casa-Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos...
É um país em que a casa é muito mais que um "abrigo de homens e bens", como a definiu uma vez um grego. Este momento, em que depois de mais de 40 anos à frente de todas as casas, vemos um pai de família ser posto contra a parede, da sua própria Casa, da casa que ajudou a construir (ou desconstruir), seria um bom momento para uma inflexão, para por ordem na casa. Mas parece que o Palácio, vai varrer para baixo do tapete — contra os que querem ganhar no tapetão — as casas, as mansões, os apartamentos funcionais e, principalmente, toda lama acumulada na Casa.
Era um bom momento para o circo pegar fogo. Mas a mera chegada de Lula, provocou um emudecimento geral. E nem foi preciso, isso é muito importante sublinhar, que viesse a público, falar grosso, dizer em alto e bom som: Eu apoio Sarney. Não. Uma reunião às ocultas, umas palavras trazidas à meia-luz à boca pequena por porta vozes, tudo na penumbra, e pronto: o brasileiro ficou de vara curta. Pois é isso: o paternalismo tem uma força espectral muito poderosa neste país. Ou será que teremos surpresas nas próximas semanas? O que desacontecerá?
*Bajonas Teixeira de Brito Júnior - Filósofo, Coordenador do Conselho Editorial da Revista Humanas, autor dos livros Lógicas do disparate, Método e delírio e Lógica dos fantasmas.
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