Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Um grupo de sem-terras independentes ocupou nesta quarta-feira (29) a fazenda Cedro, em Marabá (PA), que pertence à Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, de propriedade do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, segundo a assessoria de imprensa da agropecuária.
O mesmo grupo havia ocupado a propriedade no último dia 15, em protesto para a aceleração de assentamentos de terra na região sul e sudeste Pará, mas se retirou do local dois dias depois.
Em Xinguara, município vizinho à Marabá, as fazendas Espírito Santo, Fortaleza, Castanhal/Seita Corê e Baixa da Égua, também de propriedade do Opportunity, sofreram ocupações nas últimas semanas por grupos ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar) e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
De acordo com a Fetraf do Pará, as ocupações são pacíficas e nelas é proibido o uso de armas por parte dos sem-terra. A entidade afirma que em nenhum momento os funcionários das fazendas foram ameaçados, diferente do que diz a Santa Bárbara.
Em nota, a agropecuária diz que irá tomar as "medidas judiciais cabíveis" e entrará em contato com a Delegacia Especial de Crimes Agrários de Marabá. A empresa também enviará um ofício ao secretário de Segurança Pública do Pará.
Fazendas de Dantas na Justiça
No ano passado, o governo do Pará entrou na Justiça com ações para reaver propriedades do grupo de Daniel Dantas - entre elas a fazenda Espírito Santo - argumentando que as terras foram adquiridas irregularmente. Famílias ligadas ao MST permanecem acampadas desde fevereiro na fazenda Espírito Santo, aguardando a decisão da Justiça.
A agropecuária acusa o movimento de ameaçar invadir a sede da fazenda, versão negada pela coordenadora do MST na região, Maria Raimunda. "Não existe essa possibilidade. Estamos acampados na periferia da fazenda, aguardando a decisão da Justiça", diz.
Na quarta-feira passada, a Justiça Federal determinou o sequestro de 25 fazendas e 450 mil cabeças de gado da agropecuária. A Polícia Federal suspeita que a agropecuária pode ter sido usada para lavar dinheiro obtido irregularmente em outras operações de empresas e fundos do grupo Opportunity. A PF estima que o banco aplicou aproximadamente R$ 700 milhões em atividades agropecuárias nos últimos anos.
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O mesmo grupo havia ocupado a propriedade no último dia 15, em protesto para a aceleração de assentamentos de terra na região sul e sudeste Pará, mas se retirou do local dois dias depois.
Em Xinguara, município vizinho à Marabá, as fazendas Espírito Santo, Fortaleza, Castanhal/Seita Corê e Baixa da Égua, também de propriedade do Opportunity, sofreram ocupações nas últimas semanas por grupos ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar) e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
De acordo com a Fetraf do Pará, as ocupações são pacíficas e nelas é proibido o uso de armas por parte dos sem-terra. A entidade afirma que em nenhum momento os funcionários das fazendas foram ameaçados, diferente do que diz a Santa Bárbara.
Em nota, a agropecuária diz que irá tomar as "medidas judiciais cabíveis" e entrará em contato com a Delegacia Especial de Crimes Agrários de Marabá. A empresa também enviará um ofício ao secretário de Segurança Pública do Pará.
Fazendas de Dantas na Justiça
No ano passado, o governo do Pará entrou na Justiça com ações para reaver propriedades do grupo de Daniel Dantas - entre elas a fazenda Espírito Santo - argumentando que as terras foram adquiridas irregularmente. Famílias ligadas ao MST permanecem acampadas desde fevereiro na fazenda Espírito Santo, aguardando a decisão da Justiça.
A agropecuária acusa o movimento de ameaçar invadir a sede da fazenda, versão negada pela coordenadora do MST na região, Maria Raimunda. "Não existe essa possibilidade. Estamos acampados na periferia da fazenda, aguardando a decisão da Justiça", diz.
Na quarta-feira passada, a Justiça Federal determinou o sequestro de 25 fazendas e 450 mil cabeças de gado da agropecuária. A Polícia Federal suspeita que a agropecuária pode ter sido usada para lavar dinheiro obtido irregularmente em outras operações de empresas e fundos do grupo Opportunity. A PF estima que o banco aplicou aproximadamente R$ 700 milhões em atividades agropecuárias nos últimos anos.
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